terça-feira, 12 de agosto de 2014

Chão




O amor é o meu chão.
Os meus dias.
Os meus mares.
O meu riso.
Os meus lugares.
A minha manhã de sábado.
O meu ócio.

O meu livro de segunda à tarde.
A minha Lisboa de chuva.
As minhas fotografias.



Andamos sempre em busca de elevações e de sonhos.
E depois percebemos que estamos agarrados ao chão.

Porquê?

Porque existem pessoas que nos prendem ao chão.
Nos fazem pensar que vivemos numa Nau Catrineta.
Que somos ferro e fogo.
Que a chusma só se salva com amor.

E depois andamos a toque de caixa, porque não sabemos como ter sempre na ideia o nosso maior amor.

Aquele que parte com a nossa metade, que ele já tem.


(Espanha, 2014).

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