domingo, 1 de junho de 2014
Cherokee Louise
O amor quando chega traz no bolso uma chave.
Frase que me acompanha faz muito tempo.
Mais importante que aceitar um amor em Lisboa é perceber se ele pertence ao Mundo.
Se pertencer a Lisboa essa chave pode ser encontrada no Tejo, em Alfama, no Bairro das Estacas, no Chiado, na Madragoa.
Se esse Amor pertencer ao mundo, então temos que ter à priori, esse chave na mão. Sempre na mão.
Como se fosse a coisa, a "res", a ser tratada naquele momento. Não é uma troca. O amor nunca é uma troca. É uma garantia, e o amor precisa de garantias. Principalmente, quando o amor pertence ao Mundo.
Sempre quis viver um amor nas ruas de Lisboa, fecha-lo às paredes e muralhas de Lisboa.
E já vivi, e não me chegou.
Achava que estava certa sobre essa forma de amor em Lisboa, e que isso seria a equação para encontrar essa tal chave.
Estou a começar a entender que o amor pertence ao Mundo e que a chave é como se fosse a Cherokee Louise da Joni Mitchel.
Foi o que ouvi hoje durante a tarde em Alfama, enquanto tirava estas fotografias.
Por vezes a chave está mesmo, mesmo nas nossas mãos, e consegue abrir até a Sé de Lisboa.
Foi a certeza que tive hoje. Com esta chave, irei galgar o mundo.
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